O que quer este menino a andar de bicicleta,
senão lembrar-me do que fui? Senão, tonto de riso,
entre pombos e pardais no chão ensolarado, fingir-me?
Não aceito o ter sido. Não me quero menor
no coração que guardou o assombro e a fábula
de tudo o que viveu como um sonho escondido.
Os dias me cobraram o que era infinito.
E, se agora persigo o pedalar do menino,
é porque sei que sou o final do seu riso.
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