(Mas quatrocentos anos de te doeres
não te dariam fruto nem coroa,
nem pó sutil dos pés do ser dos seres
ou folha da floresta onde ele voa.
Abrires-te ou fechares-te ou romperes
o frio céu, que as vidas afeiçoa,
não movera pesares, nem prazeres
na estrela, esfinge, pássaro, leoa.
Há infinitos pela estrada morta
entre os olhos e o olhar, e a oclusa porta
é um pensamento de deserto e vento.
Há um pêndulo parando de cansaço,
uma espiral que tenta o esquivo espaço
e, antes do chão, este esvaecimento.)
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