As atribulações da senhora Robison
Famosa por seu extremismo religioso e puritanismo, a mulher do principal ministro de Ulter, na Irlanda do Norte, é protagonista de um escândalo político-sexual.
Iris Robinson é um devotíssima cristã, protestante pentecostal e membro do Tabernáculo Metropolitano de Belfast. É também mulher do principal ministro da Irlanda do Norte, Peter Robison.
Ela mesma é deputada em Westminster e na Assembléia de Úlster, e bastante conhecida por sua forte personalidade e a tendência de apelar para a Bíblia de modo a justificar seu extremismo religioso e seu puritanismo nos costumes. Amaldiçoa o homossexualismo, por exemplo. E a infideidade conjugal.
Kirk McCambley é filho de um açougueiro de um bairro protestante de Belfast. Na época com 19 anos, tinha a madura Iris, na faixa dos 40, como uma de suas clientes. No leito de morte do pai de Kirk, Iris se comprometeu a cuidar do seu filho. Seu maternal desvelo por ele acabou convertendo-os em amantes.
Todo político, como qualquer cidadão, tem direito a uma vida privada. Mas um político que apela à religião para tentar impor um modelo de comportamento à sua comunidade, tem que ser consequente com seu credo. E dar o bom exemplo.
Iris Robinson é a mesma pessoa que, na fase das eleições primárias para a escolha dos candidatos à presidência dos Estados Unidos, censurou Hillary Clinton por ter perdoado as infidelidades do seu marido. "Nenhuma mulher pode aceitar o que ela tolerou quando seu marido era presidente. Ela só estava pensando no futuro de sua própria carreira", decretou Iris.
Há mais do que hipocrisia e adultério nas atuais atribulações da senhora Robinson.
Quando o pai de Kirk morreu, Iris decidiu transformar o amante em empresário. Conseguiu dinheiro com construtores amigos para que ele abrisse um café ao sul de Belfast. E sendo conselheira da prefeitura, conseguiu licença para a abertura do café.
Do dinheiro obtido para o amante, Iris ficou com 10%. Quando o romance acabou, Iris exigiu a devolução de todo o dinheiro - o equivalente a quase R$ 60 mil. Alegou que doaria metade para financiar as despesas de sua igreja. Foi quando estourou o escândalo.
domingo, 10 de janeiro de 2010
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