domingo, 26 de março de 2017

Lúcio Cardoso, "Sonho angustiado de libertação"


Quando a calma
dos que nada pedem
habitar em minha alma
escura e silenciosa;

Quando o sonho e a esperança
tiverem voado da terra
há muito desprovida de árvores;
Na hora em que o desespero

e a verdade, não mais
possuírem com carícias fogosas
meu espírito vazio
de gaivotas;

Quando a terra fria me abraçar
e eu tiver como única companheira
a morte,

eu terei a imagem
tão presente nos olhos
ansiosos.

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