quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Eugénio de Andrade , "As Amoras"

O meu país sabe as amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

3 comentários:

  1. João Renato,

    Não resisti a levar este poema para o "meu país".

    http://casadeleitura.blogspot.com/

    Espero que aprecie.

    Abs,
    Carol

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  2. Oi, Carol,
    Apreciei bastante. E também corrigi a autoria.
    A foto que você usou para ilustrar o poema também ficou muito boa. Parece bem portuguesa.
    Abraço,
    João.

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  3. João Renato,

    Mais tranquila agora.
    Os meus amigos de poesia (muito mais leitores do que eu) concordam na autoria desse lindo poema.

    A foto do meu post de "As Amoras"(que ainda vou buscar a autoria), acho que foi feita na Grécia.

    Agora o que fez vc publicar "resíduos" num domingo? Chega a ser covardia! (rs)

    A gente agora fica um pouco triste, um pouco vão e vai ter que seguir com o dia...

    Valeu mesmo o poema de hoje. Muito Drummond.

    Bjs,
    Carol

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