quarta-feira, 18 de maio de 2016

Adriano Espínola, "Mãe"


De terra a a tua voz,
de terra os teus gestos,

de terra a tua benção,
de terra a tua mágoa,

de terra os teus restos,
agora enraizados,

árvore crescendo
às avessas - lá onde

tudo começa e finda:
no silêncio do sangue

que me dói ainda.

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