terça-feira, 24 de maio de 2016











"É terrível! Mas o masculino..."

É terrível! Mas o masculino
sou eu havido em mim como um punhal sem solução.
Amo a destruição, o poder e a infâmia,
o forte e o sem piedade.
Amo o diabo. Não amo.

Danar-me na estrada,
como um cão foragido de graça;
danar-me como um comedor de terra
avaro e sem nome.
Danar-me como um artista
maior do que sua inspiração.
Danar-me como morte, como olvido,
como amizade ou como amor,
danar-me de tudo o que pressupõe
santo ou intocado.
Danar-me de mim mesmo
e ser um vento correndo o espaço - à noite, no espaço.

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