Na sombra, assim, esconde-te alma triste,
não procures o sol que esplende, fora.
Oh! Não te aquecerá, da tua aurora,
do teu dia de luz, já nada existe.
Se a um raio ousado e quente o selo abriste,
se a tua noite te horrorisa agora,
pensa que é tarde, e soluçando chora
que as lágrimas são bálsamo. Resiste!
Lembram-te sei, alfombras orvalhadas
todas cheias de luz e de violetas,
as pombas pelo azul em revoadas,
as ondas do mar alto, irrequietas,
as montanhas ao longe, iluminadas...
Morre! Mas cala as mágoas indiscretas.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Adelina Lopes Vieira, " É tarde "
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