domingo, 27 de outubro de 2013

Georg Trakl, "Proximidade da morte"


Oh, a tarde, que vai às sombrias aldeias da infância.
O lago sob os salgueiros
Enche-se de suspiros empestados de melancolia.

Oh, a floresta, que baixa discreta os olhos castanhos,
Quando das mãos magras do solitário
Cai a púrpura de seus dias extasiados.

Oh, a proximidade da morte. Oremos.
Nesta noite em travesseiros mornos soltam-se
Amarelados de incenso os membros frágeis dos amantes.

Tradução de Cláudia Cavalcanti

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