quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Adriano Espínola, "O coqueiro"


                                                                                          A Waly Salomão

Altivo,
ergue-se frente ao mar.
Com as palmas agitadas,
quer ser um pássaro.
 
Por um momento,
detém-se em pleno voo;
a copa verde
abraçada ao vento largo.
A memória do tronco
se volta,
porém,
longa-
mente,
para a
terra,
sugando
a seiva
salgada
dos sonhos.
 
O coqueiro
é um verso vegetal posto de pé.
 
 

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