quarta-feira, 27 de maio de 2015

José Paulo Paes, "Canção de exílio"


Um dia segui viagem
sem olhar sobre o meu ombro.

Não vi terras de passagem
Não vi glórias nem escombros.

Guardei no fundo da mata
um raminho de alecrim.

Apaguei a luz da sala
que ainda brilhava em mim.

Fechei a porta da rua
a chave joguei no mar.

Andei tanto nesta rua
que já não sei mais voltar.

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