domingo, 11 de dezembro de 2011

António Manuel Couto Viana, "Despojo".



E, agora, o que faremos?
A quem legar o que resta
Do simulacro de festa
Que tivemos?
Quem aproveita os detritos
De uma alegria forçada?
Quem confunde aflitos gritos
Com imposta gargalhada?
Iremos por onde alguém
Descubra os nossos farrapos.
Vês flores no jardim de além?
- Vejo sapos.


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