sábado, 9 de março de 2013

Odylo Costa, filho, "Soneto"


A adolescente era a palmeira esguia
De tranças. Mas no mel de seu cabelo
Tal mistério morava que devê-lo
A alma desesperada renascia.

Era a Beleza? A simples alegria?
Era a presença de sutil desvelo?
Era a graça. era o corpo, era a poesia?
Era a saudade do materno zelo?

Era a esperança, a fé, a caridade?
Impossível dizê-lo, com certeza.
Mas nela havia tanta eternidade

Que pôs Nossa Senhora do Bom parto
Nove bocas em torno à nossa mesa
E uma sombra perene em nosso quarto.

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