domingo, 23 de fevereiro de 2014
Emílio Moura, "A fábrica do poeta"
Fabrico uma esperança
como quem apaga
algo sujo no muro
e ali, rápido, escreve
Futuro.
Fabrico uma pureza
tão menina,
tão cristal e tão fonte
que, de repente,
é meu todo o horizonte.
Fabrico uma alegria
que é de ver as coisas
como se só agora
é que nascesse
a aurora.
Fabrico uma certeza
exata
para cada instante.
A vida não está atrás,
mas adiante.
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