terça-feira, 4 de agosto de 2015
Miguel Torga, "Alvorada"
Amanhece...
E amanhece o desespero...
Dura condenação
Da vida humana!
Angústias a oprimir o coração,
Seguidas como os dias da semana.
Mais vinte e quatro horas
De negrura,
Que o sol nem-há de ver, na sua pressa,
Em vez dum claro apelo,
O pesadelo
Dum sonho mau, que apenas recomeça.
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