quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Ruy Espinheira Filho, "Crepuscular"


Ainda poder
escutar a Musa,
embora já imerso
na sombra difusa

que vai se adensando
para se fazer
uma treva de
nunca amanhecer.

Ainda poder
chegar à extrema
duração do dia
na voz de um poema,

mesmo humilde, apenas
suspiro da Musa
num adeus à beira
da noite difusa.

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