quarta-feira, 25 de abril de 2018

Konstantinos Kaváfis, "Janelas"


Nestes compartimentos escuros onde passo
dias opressivos, ando para cá e para lá
a fim de achar as janelas – Quando se abrir
uma janela, será um consolo. –
Mas não se acham as janelas, ou não posso
encontrá-las. E talvez seja melhor que não as encontre.
Talvez seja a luz um novo martírio.
Quem sabe que novas coisas ela mostrará.

Tradução de Ísis Borges da Fonseca

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