terça-feira, 7 de maio de 2013

Armando Freitas Filho, "I.X.82, sexta, meia-noite e meia ..."


I.X.82, sexta, meia-
noite e meia, Rio, e tenho
todo tempo do mundo
para escrever isto
e ao mesmo tempo
nenhum.
Não há leitores à vista,
ninguém
me pediu nada, não há
prelo esperando as letras
deste repórter de si mesmo
- urgente, à toa, atropelado -
que prepara uma edição extra
para ser lida (?) em 1985
já que na posteridade
só cabem os gritos
i.e., os gregos.

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