segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Olga Savary, "Nome"


Tu, em tudo presença,
vibrar de asa,

eu, que nem nome tenho,
jamais nua de água,

tu, felicidade do corpo
embasado em brasa,

eu, sequer lembrança,
mero eco na sala.

tu, veneno curare
- e eu é que me chamo naja?

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