sábado, 25 de julho de 2009

Guilherme de Almeida, "Chaves de Ouro Para Onze Sonetos Que Não Foram Escritos"

Paraíso perdido que eu achei!

Tua essência que é tudo em meu todo que é nada.

Quanto mais juntos, tanto mais sozinhos.

Alternativamente a noite e o dia.

O que de olhos abertos eu não via.

Sem nunca ter começo, teve fim.

A mentira da vida e a verdade do sonho.

Mas nem sequer ouviste o que eu não disse.

E partiste. E eu fiquei no dia sem paisagem.

Nos meus fecundos arrependimentos.

Cai o pano final das pálpebras fechadas.

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