De um dos teus pátios ter olhado
as antigas estrelas,
do banco da
sombra ter olhado
essas luzes dispersas
que minha ignorância não aprendeu a nomear
nem a ordenar em constelações,
ter sentido o círculo da água
na secreta cisterna,
o odor do jasmim e da madressilva,
o silêncio do pássaro adormecido,
o arco do saguão, a umidade
– essas coisas são, talvez, o poema.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Jorge Luis Borges, "O Sul".
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