Ó árvore, quantos séculos levaste
a aprender a lição que hoje me dizes:
o equilíbrio, das flores às raízes,
sugerindo harmonia onde há contraste?
Como consegues evitar que uma haste
e outra se batam, pondo cicatrizes
inúteis sobre os membros infelizes?
Quando as folhas e os frutos comungaste?
Quantos séculos, árvore, de estudos
e experiências – que o vigor consomem
entre vigílias e cismares mudos –
demoraste aprendendo o teu exemplo,
no sossego da selva armada em templo?
E dize-me: há esperança para o Homem?
segunda-feira, 7 de março de 2011
Geir Campos, "A árvore"
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário