terça-feira, 1 de março de 2011

Ildásio Tavares, "O barco bêbado"

Mostrou o poema a seu amigo,
com a certeza adolescente
de que ninguém, na França,
poderia estar fazendo igual.

(E, provavelmente, estava certo)

Depois, mudou as armas; mudou
de ramo. Arranjou uma mulher.
E se acabou,
como a esfuziante flor do hibiscus
que dura um dia, murcha e cai no chão.

(Há coisas grandes demais para os dezoito anos).

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