domingo, 27 de setembro de 2015

Ovtavio Paz, "Garatuja"


Com um pedaço de carvão
com meu giz quebrado e meu lápis vermelho
desenhar teu nome
o nome de tua boca
o signo de tuas pernas
na parede de ninguém
Na porta proibida
gravar o nome de teu corpo
até que a lâmina de minha navalha
sangre
            e a pedra grite
e o muro respire como um peito

Tradução de Luís Pignatelli

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