terça-feira, 20 de outubro de 2015

Brasigóis Felício, "Espelho vomitado"


Essa é a nossa densa verdade:
         o dia tem sido
         só de espelhos
de nossos vômitos e medos.

Este é o nosso denso degredo:
         as vidas, nos humanos
         que enxergamos,
         tem sido tecidas
         só de exílios e ossos.

É esta a tragédia cotidiana
que nos sufoca:
         a de só termos ouvidos
         para ouvir nossos gritos.

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