Aproxima-te, põe o ouvido na minha boca,
vou dizer-te um segredo,
está um homem com a noite deitado
nas areias, separado doutro homem
por um grito, ninguém o ouve,
o sol há tanto tempo apodrecido.
Não sei se espera a manhã
para partir ou vai ficar
com os cardos nas dunas, os olhos cheios
de ignorância e de bondade,
exposto
assim à calúnia, à ventania.
Como se fora um cão, menos ainda.
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