quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Cecília Meireles, "Fragilidade"


Teu nome nas águas
tão fundas, tão grandes,

perde-se na espuma,
castelo de instantes.

No aço azul da noite
teu firme retrato

acorda entre nuvens
já desbaratado.

A sorte da pedra
é tornar-se areia.

Mas quem não soluça
pensando em teu rosto

reduzido a poeira...

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