quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Ruy Espinheira Filho, "Soneto dos versos da juventude ou uma aprendizagem"


Ainda bem jovem, escreveu sonetos
em decassílabos e alexandrinos,
relembrando meninas e meninos,
festas juninas, fogo e coretos

com filarmônicas. E nos sonetos
de festas, de meninos e meninas,
já se mostravam sombras assassinas
que assombravam as luzes dos coretos

e que eram de paixões, sonhos, ternuras
incompreendidas - e festas, coretos,
traziam em si também lembranças duras.

Ah, eram feitos da Vida esses sonetos...
Como devem ser, sempre, nas impuras
asas dos seus quartetos e tercetos.

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