quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Bruno Tolentino, "Mecanismos"


Havia um azul sereno
naquele roxo florindo,
o jardim dava no tempo
e o tempo passava rindo.

É tudo de que me lembro.
Quase nada do que sinto.
Deu-se a flor ao pensamento
entre a memória e o instinto.

O mais é aquilo que invento,
as músicas que mal digo,
orvalhos ficam sendo
daquele jardim antigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário