domingo, 10 de janeiro de 2016

Donizete Galvão, "Lâmpada"


                                para André Luiz Pinto

De tanto ser vista,
gasta-se a beleza
das coisas que em si
guardam a perfeição.

Quando a retina
esquece o vício,
sai da embalagem
a escultura lisa.

Bulbo leitoso,
com vidro soprado,
com frágeis hastes
em florescências.

Leve máquina
que concentra
a capacidade
de engolir sombras.

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