quarta-feira, 20 de abril de 2016

Lúcio Cardoso, "Doze anos depois"


Não há cedo nem tarde. Há
o que há. Nem amor que fale,
nem medo que seja meu.
Se digo, não sei se cale
esta hora que se corrompeu -
existir é assim. Alto e perdido
sem programa que seja seu.
E nada vale.

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