Escreve cada um dos teus poemas
como se fosse o último.
Nesta era atomicamente saturada,
carregada com terrorismo,
voando com velocidade supersônica,
a morte chega com uma brusquidão aterrorizadora.
Envia cada uma das tuas palavras
como se fosse a última carta antes da execução,
um apelo gravado no muro de uma prisão.
Não tens o direito de mentir,
nem o de brincar às escondidas.
Não terás simplesmente tempo
para corrigir os teus erros.
Escreve cada um dos teus poemas,
concisamente, impiedosamente,
com sangue - como se fosse o último.
Copiado do site http://arspoetica-lp.blogspot.com/
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Blaga Dimitrova, "Ars Poética"
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