"Os muros"
Minha cidade tem muros
de pedra, cimento e cal
tem muros que são tribunas,
painéis, cartilha e coral.
de pedra, cimento e cal
tem muros que são tribunas,
painéis, cartilha e coral.
Quem de noite faz as letras
que aparecem de manhã?
que aparecem de manhã?
Será a mão do poeta
ou a mão da tecelã?
Viva Luiz Carlos Prestes!
O petróleo é nosso!
Fora com os americanos!
A polícia apaga e as letras
aparecem de manhã.
Será a mão do poeta
ou a mão da tecelã?
Minha cidade tem muros
brancos, cinzentos, de cores,
riscos de piche e carvão,
ó, pintores, vinde ver!
aparecem de manhã.
Será a mão do poeta
ou a mão da tecelã?
Minha cidade tem muros
brancos, cinzentos, de cores,
riscos de piche e carvão,
ó, pintores, vinde ver!
Vinde ler a história escrita
nos muros, cada manhã.
Será a mão do poeta
ou a mão da tecelã?
Copiado do blog http://passosdejacinta.blogspot.com.br
nos muros, cada manhã.
Será a mão do poeta
ou a mão da tecelã?
Copiado do blog http://passosdejacinta.blogspot.com.br
João Renato, que bom encontrar aqui este poema de Jacinta Passos, minha mãe, trazido do http://passosdejacinta.blogspot.com.br
ResponderExcluirMuito bom também é retornar a esta sua página, onde já havia estado algumas vezes, e, melhor ainda, descobrir o belo João Renato Marino - Poemas, que pretendo ir sorvendo aos poucos. Abraços.
Cara Janaína,
ResponderExcluirAlguns dos poemas da sua mãe me tocam fundo.
Não são muitos os poetas que escreveram poesia engajada de qualidade. É muito difícil.
Alguns deles que li pela internet, e mais ainda no seu blog, têm uma temática datada. Mas, nesse caso, a datação é uma qualidade.
É a nossa História escrita nos poemas.
Abraço,
Joao Renato.