sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Juan Ramón Jimenez
Eu não serei eu, morte,
até que te unas com a minha vida
e assim me completes todo;
até que a minha metade de luz se feche
com minha metade de sombra
- e eu seja equilíbrio eterno
no espírito do mundo:
umas vezes, meu meio eu, radiante;
outras, meu outro meio, no esquecimento, -
Eu não serei eu, morte,
até que tu, em teu labor, vistas
de ossos pálidos minha alma.
Tradução de José Bento
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