sexta-feira, 24 de maio de 2013
Antun Branko Simic, "Céu vazio"
Há muito o céu é um vazio
sem deuses, sem serafins,
infinito deserto gris
cortado às vezes por aeronaves ou ave torpe.
As almas não sobem mais como as andorinhas.
O homem deita-se na terra pregado à cruz.
Perdemos a trilha que a deus conduz.
Mudos, os poetas contemplam o nada.
Tradução de Aleksandar Jovanovic
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