"Criar-me e recriar-me ..."
Criar-me, recriar-me, esvaziar-me até
que o que de mim um dia, morto, vá
para a terra, não seja eu; enganar honradamente,
plenamente, com vontade firme,
o crime, e deixar-lhe este espantalho negro
do meu corpo, como sendo eu!
E esconder-me,
a sorrir, imortal, nas margens puras
do rio eterno, árvore
- num poente imarcescível*-
da imaginação mágica e divina.
* imarcescível: adj. Que não murcha, duradouro, eterno.
Tradução de José Bento.
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