segunda-feira, 29 de agosto de 2016
José Chagas, "O pássaro sem voo"
O pássaro sem voo, solto na sala,
ficou sendo um brinquedo de criança.
Que lhe importa a manhã?
Por que saudá-la
se a cantiga desperta a mão que o alcança?
De que lhe vale o canto? O canto é apenas
alegria de estranhos.
Não é tudo.
O canto é inútil como são as penas.
O pássaro sem voo, canto, é mudo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário