sábado, 25 de março de 2017
Augusto de Campos
"Soneterapia 2"
tamarindo da minha desventura
não me escutes nostálgico a cantar
me vi perdido numa selva escura
que o vento vai levando pelo ar
se tudo o mais renova isto é sem cura
não me é dado beijando te acordar
és a um tempo esplendor e sepultura
porque nenhuma delas sabe amar
somente o amor e em sua ausência o amor
guiado por um cego e uma criança
deixa cantar de novo o trovador
pois bem chegou minha hora de vingança
vem vem vem vem vem sentir o calor
que a brisa do brasil beija e balança
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