segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Sophia de Mello Breyner Andresen, "Mar, metade da minha alma..."
Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.
E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.
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Adorei este teu blog.
ResponderExcluirAmo tudo o que a palavra
faz sentir.
A arte do sentimento.
Beijs,
Visita o meu blog...
ResponderExcluirSerá um prazer.
Ando solitária,