domingo, 24 de novembro de 2013
Eugénio de Andrade, "Matéria nobre"
Pode ouvir-se ainda o seu
bater contra o peito.
Há tantos, tantos anos exposto
à violência da luz do meio
dia. Quase amargo, quase
doce. Só a paixão o rouba
à morte, o impede de ser
panela esburacada
onde o vento assobia.
Ou pior, coisa viscosa, mole,
inerme. Coração,
matéria nobre.
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Lindíssimo. Está na parede de entrada da cardiologia do hospital Eduardo Santos Silva, em V.N.Gaua.
ResponderExcluirSoberbo. Só quem passa por isso.
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