segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Alberto de Lacerda, "No túmulo de Mário de Sá-Carneiro, Suicidado pelos Portugueses em Paris""
A maior cobardia talvez seja
Entrar no jogo, permitir a luta.
Nem céu estrelado ou tecto sumptuoso
Nos esperam, na trágica permuta.
A maior cobardia talvez seja
Ouvir quem nunca ouve, olhar os cegos,
Deixar que a pata vil quotidiana
Nos pise satisfeita dos seus pregos.
Há dispersão mas não indícios de oiro .
Só o dinheiro existe e um bom lugar.
Um homem que se preza põe a morte
Por suas próprias mãos a trabalhar.
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