domingo, 18 de outubro de 2015
Adriano Espínola, "LIXO LIXO LIXO LIXO"
- Sobras que mãos humanas um dia tocaram e largaram;
- Objetos que roçaram a nossa pele,
lamberam a nossa língua
cheiraram o nosso sexo
e depois quedaram-se tristes;
- As catadoras de lixo com a pureza de seus dedos famintos
e seus grandes sacos cinzentos de mágoa,
- Salve!
(Ó universos paralelos curvando suas
espinhas
sobre
restos amontoados da realidade.)
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