segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
António Franco Alexandre
"é no meu corpo que morreste. agora..."
é no meu corpo que morreste. agora
temos o tempo todo
ao nosso lado, como
um lodo onde dormitam as
conhecidas maneiras.
algumas nuvens se aproximam, e depois
se afastam, numa duvidosa
manifestação de imperícia;
os animais falantes
atravessam corredores iluminados,
embarcam na
sossegada lembrança dos sonetos,
o leve sono que pesou no dia.
é no meu corpo que morreste, agora.
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