A vida era um mar certo demais
em torno desta pedra:
minha solidão inventava um tempo
além da divisão em horas e cansaços.
Mas tua mão inesperada
reacendeu o farol dos desassombros,
e nós, frutos da paixão em altos ramos,
agora somos o coração cercado
que estremece.
(Quando se abriram represas e comportas
das nossas vidas contidas,
nem vento ou lua nem os deuses
poderiam deter essas marés.)
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Lya Luft, "Canção da ilha sem farol"
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