É preciso que haja uma estrutura,
uma coisa sólida, consistente,
artificial, capaz de ficar
sozinha em pé (não necessariamente
exatamente na vertical), dura
e ao mesmo tempo mais leve que o ar,
senão não sai do chão. E a graça toda
da coisa, é claro, é ela poder voar,
feito um balão de gás, e sem que exploda
na mão, igual a um fogo de artifício
que deu chabu. Não. Tem que ser na altura
de um morro, no mínimo, ou de um míssil
terra-a-ar. Sim. Menos arquitetura
que balística. É claro que é difícil.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Paulo Henriques Britto, "Fisiologia da composição - V"
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário