sábado, 2 de março de 2013
José Paulo Moreira da Fonseca, "Laranja"
A casca, alegre, fere
teus lábios. Dentro,
uma incerta geometria
de gomos contendo
o sumo (raízes
o colheram nos veios profundos
e a árvore o fez
à luz do sol).
Sumo intenso como o verão,
como aquela paz que nos domina
ao respirarmos
as claras rajadas do mar.
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Isso é a poesia! Olhar para uma laranja e transcendê-la, enxergando um poema.
ResponderExcluirTambém acho.
ResponderExcluirE o autor é um poeta pouco citado, e que pertencendo à "geração de 45" já foi muito criticado.
Não conheço quase nada dele, e peguei esse poema na internet por acaso.