quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Roberval Pereyr, "Ofício"
A minha luta é banir-me
a partir dos ossos
da ossatura dos sonhos
com seus remorsos, rebanhos
de feras subtonadas.
Banir-me a partir do corpo
onde o ego se ampara
com o porte de um porco
obeso, de banha farta.
Pois havia um destino cego
e uma carta lacrada: o ego
com que me fiz e me nego
porque não rasguei a carta.
Rasgo-a. E quanto mais rasgo
mais ela mesma se escreve.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Você é muito culto. Parabéns!
ResponderExcluir