quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Jorge Luis Borges, "A prova"


Do ouro lado da porta certo homem
deixa tombar sua corrupção. É inútil
elevar esta noite uma prece
a seu curioso deus, que é três, dois, um,
acreditando-se imortal. Agora
ouve a profecia de sua morte
e sabe que é um animal assentado.
Tu és, irmão, esse homem. Agradeçamos
aos vermes e o esquecimento.

Tradução de Josely Vianna Baptista

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