domingo, 14 de fevereiro de 2016
Aleilton Fonseca, "Moças e garças"
O rio mergulhava em nossas tardes
e nos vinha inundar os olhos,
enquanto olhávamos as garças
que pousavam nas pedras baixas,
com suas asas talhadas:
chegássemos mais perto delas,
voejavam no lençol corrente,
e só as águas sobravam.
O rio se afogava em nossas noites
e nos vinha inundar os sonhos,
enquanto olhávamos as moças
que escoavam nas pedras baixas,
com suas curvas molhadas:
chegássemos mais perto delas,
diluíam-se na água corrente
e só os desejos sobravam.
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